No Brasil
20 milhões de pessoas têm mais de 60 anos. Destes, 59,7% sofrem de hipertensão
arterial. Não por acaso, as doenças circulatórias respondem por 37% das mortes
no país. É o que revela o levantamento do Ministério da Saúde, Vigitel 2012
(Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito
Telefônico).
Segundo o
oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, o estudo
evidência a importância de adotar atividades físicas para manter a saúde. Ele
ressalta que a boa circulação faz bem inclusive aos olhos. Não quer dizer que
vale praticar qualquer tipo de exercício físico. Dependendo das doenças
oculares existentes na família ou em cada pessoa, algumas atividades podem ser
proibitivas. As
atividades elencadas pelo médico no combate às doenças oculares e as que devem
ser evitadas são:
Ceratocone
A natação
é a mais recomendada desde que praticada com óculos de proteção. Isso porque, a
doença afina a parte central da córnea e está relacionada a processos alérgicos
que geralmente pioram durante o outono e inverno, ou no contato com substâncias
irritantes como cloro e ozônio.Queiroz
Neto destaca que a menor poluição no ambiente das piscinas diminui o risco das
crises de rinoconjuntivite, inflamação das vias aéreas e olhos que contribuem
com a evolução do ceratocone.
Além disso, observa, nas piscinas a absorção de água pelas partículas suspensas no ar, faz com que aumentem de volume e não sejam inspiradas pelo atleta. Já as atividades ao ar livre, principalmente em ambientes muito poluídos que desencadeiam crises alérgicas devem ser evitadas por quem tem ceratocone.
Além disso, observa, nas piscinas a absorção de água pelas partículas suspensas no ar, faz com que aumentem de volume e não sejam inspiradas pelo atleta. Já as atividades ao ar livre, principalmente em ambientes muito poluídos que desencadeiam crises alérgicas devem ser evitadas por quem tem ceratocone.
Glaucoma
Atividades
aeróbicas como correr, nadar, caminhar ou pedalar são as mais indicadas. Isso
porque, estudos mostram que este tipo de exercício provoca uma queda na pressão
interna do olho de até 45%. O médico explica que no glaucoma de ângulo aberto,
tipo mais comum da doença, ocorre o aumento da pressão intraocular e
dificuldade de escoamento do humor aquoso, líquido que preenche o globo ocular.
Isso provoca a morte das células do nervo óptico e a lenta perda da visão da
periferia para o centro, sem causar qualquer desconforto. Por isso, na maioria
dos casos a doença só é descoberta quando já causou danos irreparáveis à visão.
O tratamento é feito com uso constante de colírio.
O
especialista diz que quem tem casos na família, descendentes de negros,
portadores de diabetes e de alta miopia formam os principais grupos de risco.
Por isso, a partir dos 40 anos, além de exame anual com um oftalmologista,
estas pessoas devem praticar atividades aeróbicas. “Os
exercícios anaeróbicos como a musculação ou qualquer outra atividade que
utilize a força para ganhar massa muscular, bem como, os esportes de impacto e
posições da ioga em que a cabeça é mantida para baixo devem ser evitados pelos
portadores de glaucoma e grupos de risco”, afirma. Isso porque podem provocar o
aumento da pressão intraocular e o agravamento da doença.
Catarata e degeneração macular
Exercícios
aeróbicos e esportes de impacto se forem praticados com lentes que tenham
filtro ultravioleta. Isso porque, a radiação é um dos fatores de risco para
desenvolvimento dessas doenças.
Queiroz
Neto explica que na catarata, maior causa de cegueira tratável do mundo, o
cristalino, lente interna do olho que focaliza as imagens na retina, fica opaco
em decorrência do envelhecimento. O único tratamento é a cirurgia em que a
lente natural é trocada por outra feita em material biocompatível.
Na
degeneração macular, maior causa de cegueira definitiva no mundo, os principais
sintomas são: visão central embaçada, dificuldade para ler, escrever ou ver
detalhes. Ocorre pela morte das células da parte central da retina, responsável
pela visão de detalhes. Além de exercícios aeróbicos, o especialpafirma que
alimentos ricos em antioxidantes podem barrar a evolução da doença.
Assessoria/Daiane
Martins com informações LDC Comunicação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário